terça-feira, 1 de maio de 2012


Pensamento Educacional de Platão e Aristóteles


Segundo Platão – A educação deve propiciar ao corpo e à alma toda a perfeição e a beleza que podem ter.
Assim, Platão redefinia suas propostas políticas, levando-se em consideração a política justa feita com ciência, com ética e através de uma base pedagógica sólida. Seguindo essa linha de raciocínio explicita Pessanha:
Compreende que o desejo de atuar politicamente deve passar primeiro por um processo iluminador e purificador do tipo socrático. Antes de agir, é necessário ter consciência da finalidade da ação. Para agir com retidão e justeza, é preciso, antes, saber o que é justiça; saber o que é essa medida padrão, essa justa medida capaz de medir as ações morais ou políticas, individuais ou coletivas, e revelar se elas são realmente justas... (PESSANHA, 2004:53)
Pois a proposta educacional e política de Platão não é absurda, aliás, ele apresenta de forma evidente que há um estreita e necessária relação entre Política, Conhecimento e Educação. Quando sugere o sentido da Educação como Paidéia (Educação integral – corpo e alma), como um meio de construção de uma república ideal, sedimentada no Bem, no Justo e no Belo, ele dá um caráter muito parecido com o que entendemos de educação hoje. Platão aponta uma perspectiva que ainda alimenta a mística da educação como promoção e qualidade do ser.
Portanto, para Platão o problema da Educação que remete à justiça é o da desigualdade entre os homens, os homens não são iguais e tem que obedecerem à ordem que a natureza impõe. Buscando uma organização educacional do Estado, então a justiça consiste em determinar a função de cada cidadão dentro da cidade. Somente por meio da justiça poderá o homem alcançar a felicidade. Hoje em dia a Educação que buscado nas estancais públicas e particulares usa em parte a filosofia de Platão que busca uma educação integral para o homem, que está educação propõe a busca de um caráter de conhecimento justo e bom.
Segundo Aristóteles- O fim da arte e da educação é substituir a natureza e completar aquilo que ela apenas começou.
Pois para Aristóteles aponta na Politéia, de Homero, há uma proposta educacional muito curioso, pois os deuses têm características humana. Não só formas, mas atitude humana como ciúme, raiva, amor etc. Isso já dá uma perspectiva interessante, ou seja, se investimos na qualificação do nosso ser, através da educação, podemos alcançar um nível mais elevado de nossa existência, muito embora não tenhamos o dom da imortalidade, podemos nos assemelhar aos deuses na busca do conhecimento. Nesse sentido é que nasce aquilo que chamamos de estética da existência.
A educação deve ter como finalidade básica conduzir à pratica das virtudes pacíficas, como ao trabalho e ao repouso. Cabe ao legislador inculcar em seu povo que “o que é bom para cada um também o é para o Estado” e vice-versa.
Procura educar a pessoa para boa convivência na cidade, respeitando a lei para boa política nas cidades.
O conceito de educação proposta por Aristóteles não fogem da Educação de Platão, mas ele vai amparar o seu processo educacional na Ética, como virtude. Sendo assim que a virtude da ética funciona para que homem como temperança e constrói seu próprio caminho para uma virtude em sociedade. 

2 comentários:

  1. A proposta educacional de Platão apresenta uma estreita relação entre Política, Conhecimento e Educação. Ele aponta uma perspectiva que ainda alimenta a mística da educação como promoção e qualidade do ser. Ou seja, uma coletividade justa e voltada para o bem nasce de um processo em que os indivíduos são educados para a construção Justiça, embora ela nem sempre seja fácil de ser conceituada, fundamentada ou mesmo justificada pela argumentação.
    Para Aristóteles, a Educação é superior às leis e o círculo da ciência do humano se "fecha" na educação. A educação deve ser pública e deve ser direcionada para a virtude. A virtude depende em boa parte da educação, da experiência e do tempo. Para Aristóteles, é praticando as virtudes que nos tornamos virtuoso. Tornamo-nos virtuosos não por sabermos o que é a justiça, mas por praticarmos. Para Aristóteles, a virtude se define pelo meio termo entre o excesso e a falta, ou seja, é o meio termo entre dois defeitos.

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  2. “Baseado na idéia de que os cidadãos
    que têm o espírito cultivado fortalecem o Estado e que os melhores entre eles serão os
    governantes, o filósofo defendia que toda educação era de responsabilidade estatal ...”.
    Encontramos aí a origem da idéia da escola pública , que hoje é uma realidade, porém se
    distancia dos ideais defendidos por Platão.
    Aristóteles, o desenvolvimento educacional dos homens se fundamenta na premissa em que as pessoas não são inteiramente racionais, no entanto, elas podem aprender a dominar seus desejos e alcançar o bem estar moral, por muitas vezes, escolhendo racionalmente o caminho da moderação

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